FELICIDADE OU LIBERDADE?

1º de Maio, como muito se diz por aí para assinalar o dia dos trabalhadores.
Não ao acaso mas no ano de 1974 nasci aos 22 dias do mês de Abril, ou seja 3 dias antes da revolução, com data marcada para me despacharem para casa mesmo no dia 25 de Abril de 1974. Andava a revolução na rua.
O meu velhote era dado à esquerda comunista, como ainda hoje o é, e não faltava a um plenário a uma manif ou qualquer evento que tivesse a ver com a luta da continuidade da liberdade de expressão. Faz hoje precisamente 33 anos que o meu pai viveu o dia mais feliz da sua vida,

o 1º de Maio de 1974.
Conta ele que o povo saiu à rua livremente com vontade de muita mudança pela queda do Estado Novo.
A importância da Liberdade outrora ensinada nas casas de cada português foi-se perdendo ao longo destes 33 anos deixando o próprio estado cair no esquecimento uma data importantíssima como o 25 de Abril de 1974.
Tenho a felicidade de ter um pai que sabe o significado da palavra LIBERDADE em cada sílaba da mesma.
É curioso que somos dois filhos, eu e o meu irmão mais velho, mas o meu pai não atribui ao nascimento dos filhos o dia mais feliz da sua vida.
É um apaixonado da Liberdade e soube muito bem fazê-la passar para a educação dos seus dois filhos.