Mas há tantas a começar
Ficar atento
Saber usar
Saber dar tempo
Tempo que não há p'ra dar
.
Ter ideias e sentir
Estar atento ao que vai vir
Se não perder a esperança se souber aguentar
Se não perder
Serei eu capaz de dar
.
Só sei que amar é querer-me a mim
E querer-me a mim dá-me o poder
De inventar, de conseguir
Atravessar um grande rio
Entre o voltar e o partir
Estranha vontade de amar
.
.
.
.
Os Xutos fizeram 30 anos de carreira. Eu escolhi esta letra para colocar aqui no blog porque esta letra fala do tempo, ou da falta dele. Fala da mudança a que estamos sujeitos e das escolhas que fazemos ao longo da nossa vida. Sempre soube esperar e sempre tive tempo para dar e observar as coisas a mudar. Nestes entre meios de tempos de espera, o tempo sempre foi justo comigo, sempre andou de braço dado com a razão, mesmo quando as leis da sociedade nos agridem com pessoas de atitudes menos nobres. A sorte, essa foi-me bafejada à nascença pelo suor da minha mãe que fez de mim juntamente com o meu pai quem sou hoje.
O tempo que não há para dar, mata-me a espera, mas as voltas do tempo voltam de novo e a morte nunca chega ao seu destino fazendo investidas profundas na lentidão pesada do passar dos segundos, à espera que o mundo se recomponha que volte a normalidade e que os relógios não gritem no silêncio, que se façam ouvir na razão do seu existir.
O tempo, a sorte e o destino são meus aliados.
O tempo que não há para dar, mata-me a espera, mas as voltas do tempo voltam de novo e a morte nunca chega ao seu destino fazendo investidas profundas na lentidão pesada do passar dos segundos, à espera que o mundo se recomponha que volte a normalidade e que os relógios não gritem no silêncio, que se façam ouvir na razão do seu existir.
O tempo, a sorte e o destino são meus aliados.
Não os procuro muito, deixo que eles trespassem as suas 2 assoalhadas a outros que precisão de espaço para ver passar o tempo, o que não há para dar…
