sábado, janeiro 20, 2007

Porque Sim

Num outro blog (o-circo-voador) escrevia-se há uns tempos que Paulo Coelho, o escritor brasileiro com maior renome a nível mundial, e só por mera curiosidade o mais traduzido em todo o universo literário, estava ultrapassado e que já ninguém tem paciência para as suas espiritualidades e seguimento dos sinais da natureza atribuídos a Deus. Sabe-se lá quem é o seu Deus.
Na mesma altura estava a ler, um livro que me ofereceram num Natal há 2 anos, chamado “Zahir”. Comecei a ler a história que me pareceu mais real que as outras que tinha lido, talvez umas 3 ou 4, mas com o desenrolar da história o livro revelou-me mais uma vez que o senhor parece o Sheskspear. Este senhor inglês que trouxe algo de renovador à escrita inglesa, mas que escreveu desalmadamente de acordo com o que estava a dar. Escreveu tragédias aos molhos após ter escrito a primeira para o teatro e de obter um enorme sucesso. Quando as tragédias passaram de moda e já não eram novidade e já não cativavam passou para a comédia e vai de nos encher com comédias à empreitada. Não considero que exista algo de parecido entre os dois escritores mas a forma de chegar à fama e o explorar até ao tutano o estilo e o contexto é semelhante.
Conversei entretanto com a senhora do blog acima descrito, e ela disse-me que já não tinha conseguido chegar ao fim dos seus livros do Paulo.
Eu também partilho a mesma opinião que Paulo Coelho é mais do mesmo e que de interessante nada ou pouco tem, apenas as certezas que todos conhecemos sobre nós próprios do nosso dia à dia.
Mas com tanto apelo à não-cultura e com tanta falta de pessoas a ler neste país plantado à beira rio, deixo a mensagem que mais vale ler Paulo Coelho ao seu estilo do que não ler nada.

1 comentário:

Suburbana disse...

concordo, mais vale ler uma cartilha de bolso do que não ler nada.
mas meu amigo, comparares Paulo Coelho a William Shakespeare foi demasiado. Até pode ser que o escritor inglês tenha escrito a metro, mas foram metros de pura seda como Sonho de uma noite de verão, Otelo, Hamlet, Rei Lear e tantas outras obras que permaneceram vivas até aos nossos dias, sendo revisitadas com frequência pelo teatro, televisão e cinema.