segunda-feira, janeiro 07, 2008

Quebrar o Silêncio

Desde 2005 que Eduardo Fero Rodrigues não publica uma palavra para o que lhe aconteceu dentro do seu partido. Depois de Durão Barroso aceitar o cargo Europeu, que ditou a morte ao seu partido como Governo nesse mesmo ano, Ferro Rodrigues queria participar nas eleições na corrida para Primeiro-ministro, mas tal não aconteceu por mão do então presidente da república Jorge Sampaio. Ferro Rodrigues estava envolvido no escândalo da casa pia, e como tal não era de bom grado levar este líder político a eleições. Já não é a primeira vez que escrevo que enviaram para o Governo, Pedro Santana Lopes para o queimar de duas formas, uma dentro do seu próprio partido PSD, e a outra como Primeiro-ministro de Portugal para que se pudesse alterar o líder do PS, neste caso o sucessor de Ferro Rodrigues o actual Primeiro-ministro. Ferro quebra o silêncio e diz-se magoado e vitimado de uma coisa que não cometeu e que a comunicação social fundamentou em conjunto com o poder político e partidário de mão dada com uma justiça pouco eficaz. Diz que não teve os apoios internos e que jamais depois de ser secretário-geral do PS iria dividir os Socialistas.
É sem sombra para dúvidas um homem do governo de PS do Guterrismo, assumido e que não esquece o que sempre fez pelo país. Mas será que a utopia de Guterres levava esta ponta de terra cheia de sol a algum lado?
Custa-lhe a crer que ainda exista um PS de esquerda ao qual sempre se afirmou, mas neste momento o bloco central das politicas de direita fazem parte deste Governo Socialista.
Palavras do próprio quando a pergunta é “Quando olha hoje para o PS, o que vê?”
Resposta:
“Um partido com pouca vida própria. Mas mesmo que o PS fizesse números de trapézio, de malabaristas e leões, o que interessa à comunicação social é o que o Governo faz ou vai fazer.”
Não é de esperar outra coisa que não seja isto, mas que dentro do partido que governa que exista mais dinâmica também o é verdade.

Ficaram-me estas palavras que roçaram as do meu primeiro post de 2008.
“No imediato, os países têm de resolver o problema de viver num mundo globalizado e, depois, voltarão a colocar a alternativas em termos ideológicos.”

Tal como disse no primeiro post:
“Os movimentos serão superiores a qualquer força política.”.
Parece-me que este senhor não voltará à cena política do nosso Portugal.
Ainda bem.

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