quinta-feira, julho 12, 2007

Silêncio Gravimetrico



À volta dos meus pensamentos
Matuto e revolvo ideias
Somo, diminuo, contabilizo
Sem que a formula
Dê um resultado lógico.
Balanço o lápis de bico gasto
De tanto contrabalanço
Do mata-borrão.
Gastam-se-me os dedos
Sem que o dividendo seja
Positivo na essência.
E se volto para trás
Em busca de raciocínio pegado
As parcelas parecem-me
Em desordenação organizada.
Álgebra dos mais antigos
Mistura-se entre símbolos
Nobres de potenciação
Onde o resultado é nulo.
Deixai-me no meu silêncio
De resto zero.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não consegui evitar.
Tal como na foto também as minhas lágrimas rolaram enquanto lia o poema.
Há silencios tão (pro)fundos que não têm volta.
Ou será que têm?!

Bjos. Obrigada.

Fénix